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Grupo de capoeira Mangangá
- .Mestre Máximo
- Seu contato com a capoeira se deu logo cedo, pois seu irmão mais velho – cujo nome de guerra era “42” e de batismo Gutemberg – o ensinava o que aprendia com o Mestre Ferreirinha. Aos cinco anos, começou a dar seus primeiros pulos num quintal de terra batida no fundo de sua casa e passou a treinar diretamente com o Mestre Ferreirinha, no antigo Tiro de Guerra local. Ainda menino, começou a freqüentar as rodas dos festejos da lavagem de Santo Amaro da Purificação, onde conheceu grandes mestres do Recôncavo Baiano. Na década de 70 mudou-se para Salvador deixando muitos discípulos em Santo Amaro, entre eles o Mestre Zé Dário. Lá chegando, foi morar no Nordeste de Amaralina, tendo seu primeiro contato com alunos de mestre Bimba.
Os Zuavos
No século XIX havia uma maldade muito grande no Brasil, meu pai me contou que a escravidão imperava no nosso País Continente!
Muitos homens negros que na África eram livres, aqui o sistema tornaram todos escravos. No ano de 1864, o Império brasileiro entra em guerra contra a República Paraguai... Meu pai me contou que muitos escravos receberam alforria para lutar na guerra! Houve três companhias que se chamaram “Zuavos da Bahia”.
Eram todos afro - descendentes e em especial capoeiristas... Eles usavam largas bombachas vermelhas presas por polainas que chegavam à curva da perna, jaqueta azul aberta, com bordas de trança amarela, guarda peito do mesmo pano, o pescoço limpo sem colarinho nem gravata e um fez na cabeça.
Na visão do Conde D’Eu que era o marido da Princesa Isabel ele cita:
“A Companhia de Zuavos da Bahia como a mais linda tropa do Exército” com seus oficiais” inteiramente a par de todos os pormenores do serviço e orgulhoso de seu Batalhão”
A Bahia foi à província que mais mandou voluntários à guerra do Paraguai.Eles eram muitos valentes e heróicos, sangue bom de verdade! Teve até sangue azul que comandou os Zuavos... Foi Dom Obá II. Era um negro alto e muito, mais muito forte mesmo... Ele era natural da cidade de Lençóis na Bahia filho de uma geração de Reis na África. Os Zuavos lutaram em tantas batalhas: Retomada da cidade de Uruguaiana, Batalha do Havaí, tomada do Forte de Itapiru...
Esta, por sinal um Zuavo baiano de Itaparica de nome Agostinho da Fontoura, teve tanta bravura que hasteou a bandeira do Império com honra militar, com o forte ainda fumegando. Os Zuavos participaram também da batalha de Tuiuti e finalmente no dia 22 de setembro de 1866 na batalha de Curupaity com a derrota da tríplice aliança quase que desapareceu as Companhias de Zuavos da Bahia, morreu um montão de gente! Os Zuavos que voltaram foram morrendo de velhice, outros esquecidos... Se não fosse o historiador Manoel Raimundo Quirino o primeiro historiador negro do Brasil, que era natural de Santo Amaro da Purificação na Bahia esta historia tão bela do nosso povo teria desaparecido. Os Zuavos foram tão nobres e valentes que até nome de rua tiveram... Sim, aquela rua ao lado do fórum Ruy Barbosa que hoje se chama Tinguí, chamava antigamente Rua dos Zuavos da Bahia, só não compreendo como tiraram as honras de um povo tão nobre e tão brasileiro que até sangue derramou por esta Nação!
Viva aos Zuavos da Bahia!..
- Paraná ê...
- Paraná ê... Paraná.
- Vou dizer minha mulher... Paraná
Capoeira que venceu... Paraná.
Ela me bateu pé firme, Paraná
Isso não aconteceu... Paraná.
As Bombachas
As bombachas são, hoje, um traje símbolo do gaúcho. Uma das teorias sobre seu surgimento é a de que derivam do fardamento utilizado pelos "zuavos", nome dado a tropas de infantaria do exército francês a partir do ano de 1830.
As tropas turcas, durante a Guerra da Criméia contra os russos, fizeram uso deste fardamento e as sobras acabaram sendo vendidas aos exércitos americanos ( do Brasil, da Argentina, Uruguai...).
No Brasil, os batalhões baianos, dissolvidos por Osorio em 1866, eram compostos pelos chamados Voluntários da Pátria, faziam o uso da roupa turca que acabaram ficando pelo Rio Grande do Sul. No início, a bombacha era usada principalmente pelos trabalhadores das estâncias (estabelecimento rural destinado especialmente à criação de gado bovino), mas, devido à sua praticidade, logo se tornou uma veste popular entre civis e militares, como Osório.
Os soldados gaúchos usaram-na, durante a batalha da Tríplice Aliança nas cores vermelho, branca ou preta e juntamente com chapéus pretos, capotão preto e lenço quadriculado, adequando-se à moda gaúcha.
Fontes:
1. Wikipédia, http://es.wikipedia.org/wiki/Zuavo, acessado em 29 de Agosto de 2008.
2.Osorio/Coronel Pedro Paulo Cantalice Estigarribia. - Porto Alegre: Nova Prova,2008.
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